sábado, 8 de outubro de 2011

Garanhuns virou tabuleiro de xadrez?



Não se fala em outra coisa na cidade, a não ser na intrigante filiação de Antônio João Dourado ao PSB de Garanhuns. Depois de um ano trabalhando para montar projetos buscando o desenvolvimento da cidade, sem evitar falar em nomes para tocá-los, o PSB de Garanhuns é obrigado a receber o prefeito de Lajedo em seus quadros, que acabou de transferir o domicílio eleitoral para disputar a prefeitura de Garanhuns.
Um fato que vai de encontro a tudo o que o seu presidente Ivan Rodrigues vinha pregando até  a última quarta-feira. Mas a chegada de Antônio João já era esperada por algumas pessoas, entre elas, membros da executiva municipal do PSB. Eles tomaram conhecimento da estratégia do governador Eduardo Campos no começo da semana.
Ficaram sem entender essa interferência do Palácio na sucessão em Garanhuns. Afinal, o que Antônio João tem haver com Garanhuns? É o que vamos explicar agora, com informações de fontes seguras.
Tudo começou em Lajedo mesmo. A reeleição do então pedetista era muito difícil, em virtude do crescimento assombroso do vereador Rossine Blesmany em todas as pesquisas eleitorais. Opositor ferrenho, Rossine era visto como uma ameaça ao império dos Dourado.
Resultado: saiu do PSC e foi para o PSD, um partido da base aliada de Eduardo Campos. Essa movimentação impediria a ida do governador para Lajedo, já que ele evita subir em palanques onde a disputa é entre aliados da Frente Popular.
Enfraquecido e com a possibilidade de não ter Eduardo no palanque, Antônio João procurou o governador. A saída, para não deixá-lo sem prefeitura, foi determinar a sua vinda para Garanhuns, já que é uma cidade sem dono e que nenhum dos nomes do PSB havia decolado.
Desta forma, o governador continua com Lajedo, em Garanhuns lança Antônio João, tenta tirar Zé da Luz do páreo e trazer o prefeito Luiz Carlos para o projeto. Feito isso, escanteia Izaías Régis que é aliado de Armando Monteiro, por sua vez adversário do PSB na disputa pelo governo do Estado em 2014.
Tudo dando certo, ele continua com o apoio das duas prefeituras para tentar emplacar o seu sucessor.
Mas parte da estratégia palaciana não está emplacando. Zé da Luz (PHS) é o mais forte em Garanhuns e nada justificaria sua saída do páreo. Já o prefeito Luiz Carlos (PDT), como não preparou um sucessor natural vai ter de continuar calado e encontrar um discurso para aderir a Antônio João. Vale lembrar que um de seus secretários, Alfredo Góis, já entrou no PSB pelas mãos do prefeito de Lajedo.
O Eduardo Campos é realmente um estrategista. Mas desta vez, esqueceu que Garanhuns tem dono. E o dono é o seu povo.

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